NOTÍCIAS DA USRA

ATIVAÇÃO DA PY3UR
Durante mês de Janeiro, a PY3UR esteve ativa em diversas bandas e conseguiu realizar aproximadamente 2000 contatos. Participaram como operadores os colegas Fredy PY3YD, Claudio P3OZ e Paulo PY3PA.
Todos os colegas que estiverem no log, receberão via buro, um QSL comemorativo.
Aqueles que preferirem receber via direta, devem nos enviar seu QSL acompanhado de envelope endereçado e selado para o envio do QSL comemorativo. Agradecemos a todos que participaram da atividade comemorativa dos 66 anos de fundação da USRA.

ESTAÇÃO TERRENA DE SATÉLITES

Durante o mês de janeiro, recebemos a visita do Prof. Nelson Schuch do INPE-UFSM e sua equipe, que são responsáveis pelo programa de desenvolvimento do CUBESATs. Este programa, estabelece que o controle e acompanhamento dos satélites seja feito via freqüências do espectro de radioamadorismo. Para tal, estaremos apoiando, como radioamadores, no licenciamento da estação terrena instalada no prédio do IMPE na UFSM.

OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE O CUBESAT    

Sua missão tecnológica é testar, em voo, circuitos integrados (CI) projetados no Brasil para resistência à radiação.
Todo projeto tem uma forte vocação educacional, buscando capacitação de recursos humanos na área espacial e capacitação tecnológica das instituições nacionais que participam da missão. Alunos bolsistas de Física, Engenharia e de Computação dos Cursos de Graduação da UFSM participam de todas as fases do Projeto, desde a sua especificação e desenvolvimento até a montagem do NANOSATC-BR1, integração e testes e a sua operação.
A gerência do projeto está localizada no Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRS/CCR/INPE-MCTI, em Santa Maria, RS. A Coordenação Geral de Engenharias e Tecnologias Espaciais para o suporte técnico, integração, testes e operação do projeto é efetuada pela equipe localizada na sede do INPE/MCTI em São José dos Campos, SP.
A gerência está interessada no recebimento de logs e decodificações realizadas por radioamadores. Uma página específica foi redigida, inclusive com formulários para envio de informações pela internet:
http://emsisti.com.br/teste/nanosat/noticia_radio_amador_portugues.php
A frequência de downlink será 145,868 MHz em dois modos: beacon em CW/Código Morse a 15 PPM e em BPSK/AX.25 a 1200 bps (passível de alteração para 2400 bps, 4800 bps e 9600 bps de acordo com os controles da coordenação). A frequência de upload será 435,131 MHz em AFSK. Mais informações em: http://emsisti.com.br/teste/nanosat/index.php
.



Coordenação de frequências dos satélites em frequências radioamadoras




Qualquer comunicação empregada por satélites educacionais e experimentais que ocorrerem em frequências alocadas ao Serviço de Radioamador por satélite devem observar os requisitos da IARU, entre eles a coordenação de frequências, bem como respeitar os regulamentos nacionais do Serviço de Radioamador, com os devidos licenciamentos das estações - tanto satelitais como terrestres - perante a Anatel.
No Brasil, a LABRE desde maio de 2014 começou a auxiliar as universidades brasileiras nesta relação com a IARU através do GDE, grupo ad-hoc de Gestão e Defesa Espectral, estimulando a difusão dos projetos e integração com radioamadorismo. Uma palestra já foi realizada no INPE com este objetivo.
Os radioamadores configuram entre as comunidades experimentais precursoras das comunicações satelitais. Desde a década de 1960 suas associações nacionais (e posteriormente a AMSAT, Amateur Satellite Corporation), em parceria com as agências espaciais e instituições militares, desenvolvem a série de satélites OSCAR (Orbiting Satellite Carrying Amateur Radio). O Brasil em 1990 participou do projeto através do seu primeiro satélite, o Dove-OSCAR-17. Atualmente as parcerias se ampliaram às instituições educacionais e o desenvolvimento dos cubesats.


GDE/LABRE, 18 de junho de 2014




O uso de frequências do Serviço de Radioamador por satélites educacionais da categoria cubesat com aplicações radioamadoras é tendência mundial, uma vez que não existe no momento um segmento espectral específico para os satélites educacionais.
A histórica relação entre universidades e organizações radioamadoras no desenvolvimento tecnológico e educacional é um dos elementos que contribuem para esta tendência.
No primeiro lançamento mundial de cubesats em 2003, dois deles foram desenvolvidos por unidades de ensino japonesas em integração com a AMSAT (Amateur Satellite Corporation): o CUTE-1 ou OSCAR-55 e Cubesat IX-IV ou OSCAR-57 (OSCAR de Orbiting Satellite Carrying Amateur Radio).
Os próprios radioamadores configuram uma sociedade tecnológica pioneira no campo satelital. Seu primeiro satélite, o OSCAR 1, foi lançado pelos EUA apenas 4 anos após o Sputinik, em 1961. O primeiro satélite brasileiro também foi radioamador, o Dove OSCAR-17, lançado em 1990.
Como consequência desta atividade coube à IARU, a União Internacional de Radioamadorismo (International Amateur Radio Union), a coordenação internacional de frequências utilizadas por satélites no espectro destinado ao Serviço de Radioamador.
No entanto o recente aumento no número de projetos de cubesats que não possuem envolvimento da comunidade radioamadora tem gerado preocupações nas organizações radioamadoras e nas administrações de telecomunicações, especialmente nos aspectos legais de operação e ocupação espectral com descaracterização da natureza do serviço.
Visando mitigar os problemas e reduzir o risco do uso indevido das frequências, a IARU e a AMSAT estimularam a integração entre as organizações de representação dos radioamadores e as unidades de ensino e pesquisa.
A expectativa é que as operações sigam as normas de comunicações de cada país e as premissas da IARU, assim como exista maior divulgação dos projetos para a comunidade e missões satelitais com aplicações radioamadoras.
Como questões de gestão espectral envolvem o GDE (grupo de Gestão e Defesa Espectral da LABRE), o grupo criou em maio de 2014 uma lista de discussão na Internet chamada edusats-br. Nela integrantes dos vários projetos de satélites brasileiros começaram pela primeira vez a interagir com os radioamadores, entender as demandas mútuas e trabalhar pela esperada integração. A coordenação do segmento de satélites pelo GDE coube a Edson Pereira, PY2SDR.
A interação não ficou apenas no aspecto virtual. No primeiro semestre de 2014 o grupo realizou reuniões e visitas ao ITA, INPE e Colégio Embraer abordando o tema radioamadorismo espacial, tecnologia e educação. No segundo semestre um seminário foi realizado na Convenção Nacional de Radioamadorismo (organizado pela LABRE/SP), contanto com a
presença de vários projetistas de satélites, estudantes, professores e radioamadores.

Os primeiros sinais de parceria operacional
Em junho de 2014 o INPE e a UFSM lançaram o NanosatC-BR1, um cubesat 1U (10x10x10cm) com missão científica e educacional. O lançamento foi anunciado na lista edusats-br e os radioamadores brasileiros foram os primeiros a receber os sinais de telemetria em CW transmitidos pelo satélite na primeira órbita sobre o território nacional.
A recepção dos primeiros sinais foi de grande valor para a missão, uma vez que pelos dados de telemetria fornecidos pelos radioamadores, os engenheiros do INPE puderam confirmar o primeiro estado de saúde do cubesat, o que posteriormente possibilitou comandá-lo para o modo nominal de operação, transmitindo dados das cargas úteis científicas.
Os coordenadores do projeto NanosatC-BR1 agradeceram publicamente os radioamadores pelo auxílio, além de ter sido uma ótima oportunidade de divulgação do próprio projeto para a comunidade de radioamadores: “Eles estão vibrando com o projeto que é o primeiro satélite brasileiro que pode ser rastreado por eles na frequência em que atuam. São muito experientes rastreando satélites radioamadores internacionais e estão vibrando com esta oportunidade de rastrear e contribuir para a segurança de um satélite brasileiro. E nós mais ainda com este apoio. Já são praticamente parte da equipe tal a interação que temos tido" (Dr. Otávio Durão (INPE) em nota ao excelente blog Brazilian Space).
As primeiras aplicações em radiocomunicações
A LABRE/GDE durante o ano de 2014 também se aproximou de dois outros interessantes projetos: o AESP-14, cubesat de 1U desenvolvido por alunos do ITA com missão de testar no espaço uma estrutura de cubesat integralmente desenvolvida no Brasil; e o ITASAT-1, um cubesat de 6U com missão científica e educacional.
Estes cubesats, com lançamentos previstos para 2015, incluirão missões radioamadoras. O AESP-14 transmitirá sequências aleatórias de textos predefinidos para recepção das estações radioamadoras. O ITASAT-1 possuirá um transponder digital por armazenamento (store-and-forward) desenvolvido por radioamadores brasileiros que permitirá comunicação via satélite usando mensagens curtas de texto entre estações radioamadoras ao redor do planeta. Maiores informações serão difundidas no transcorrer dos projetos.

GDE/LABRE, 23 dezembro 2014.
Com participação de Edson Pereira, PY2SDR

Visite a pagina:  www.inpe.br/crs/nanosat   para saber mais.




RODUSRA
A Rodada da USRA vai ao ar, de segunda a sexta feira, às 20h, na banda de oitenta metros, em 3,770 MHz. Em 2015 estaremos divulgando informações atualizadas sobre a organização do 63º Rancho do Radioamador Gaúcho.
Participe, faça amigos, pratique radioamadorismo e fique bem informado.

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Paulo – PY3PA

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